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ECA 30 anos: Ainda lutamos!

Há 30 nascia uma lei que normatizou um nova forma de olhar, promover e proteger os direitos de crianças e adolescentes. Até aquele momento, estas pessoas não eram vistas como sujeitos de direitos, mas como objetos de tutela, controle, disciplinamento e repressão.

No Brasil de 2020, onde avança uma agenda neoliberal de retirada de direitos entrecortada por discursos e práticas retrógradas que negam a ciência e a história, é comum a afirmação que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) “não serve para nada” ou, de modo mais leviano, “que só defende o direito dos bandidos”. Quem fala isso desconhece a lei e a história do seu país. O Fórum DCA está com uma campanha em que pergunta: Você acha que crianças e adolescentes devem ter direito à saúde? Você acha que eles devem estudar? Você acha que eles devem ser protegidos da violência sexual? Acredito que a maioria da população responderia “sim” a todas as perguntas e isso é o motivo pelo qual devemos celebrar o aniversário desta lei.

O ECA garante para TODAS crianças e adolescentes, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária (Art. 4). Além disso, promove a proteção contra qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão (Art.5).

É por causa dessa lei que podemos exigir do Estado a melhoria da educação pública, atendimento de qualidade e prioritário para crianças e adolescentes na rede de saúde, acesso à esporte, lazer, cultura. Porque tudo isso é direito!

Nestes 30 anos do ECA, precisamos rechaçar toda violência sofrida pelas diferentes infâncias do país, onde as desigualdades estruturais, sobretudo de gênero e raça, promovem assimetrias na garantia dos direitos. Por aqueles e aquelas que tiveram suas infâncias ceifadas e pelas gerações que virão temos que transformar a letra da lei em realidade. Por Araceli, Miguel, Mizael, pelas crianças indígenas, quilombolas, ribeirinhas, por tantas…Devemos isso a elas!

Mara Carneiro – Coordenadora Geral do CEDECA Ceará

Este artigo foi publicado na versão impressa do jornal O Povo do dia 13 de julho de 2020.

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CEDECA Ceará chega à sua 22ª primavera em ritmo tropical

A luz amarela e morna do sol ao entardecer de Fortaleza inspira a festa de comemoração dos 22 anos do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente – CEDECA Ceará, que começa a partir das 16h de 19 de novembro, no Kukukaya. A temperatura amena do fim de tarde dessa festa vai aumentar com a “alegria amarela” do show de Lorena Nunes Trio e o calor dos tambores e das vozes de Damas Cortejam, além de seleções musicais inspiradas em tropicalismo e africanidades dos DJs Kinas e Darwin Marinho pra esquentar a pista de dança entre os shows.

Para além da acalorada festa de aniversário com parceiros(as), amigos(as) e apoiadores(as), o CEDECA estende o convite à celebração de datas importantes deste mês, como o dia da Consciência Negra (20) e o Dia Mundial da Não-Violência contra a Mulher (26), para rememorar coletivamente os caminhos percorridos, as dificuldades superadas e as conquistas alcanças na construção de uma sociedade mais justa e solidária, no intuito de fortalecer as mais diversas lutas pelos direitos humanos.

No ensejo da visibilidade às lutas de novembro, os 22 anos de atuação do CEDECA provocam os espaços de diálogo na mídia acerca da afirmação dos direitos de crianças e adolescentes no Ceará. Dentro de um cenário que vai desde o extermínio da juventude negra – cujo ápice no Estado foi a chacina dos onze da Messejana, que completou um ano dia 12 – até as ocupações secundaristas deste ano, o CEDECA se articula para mobilizar e dar suporte jurídico à defesa dos direitos e ao cumprimento de políticas públicas para infância e adolescência.

Festa solidária

A bilheteria do evento será destinada à continuidade das ações do CEDECA, consolidando a campanha de captação de recursos da entidade que busca envolver diferentes atores da sociedade através de diversas formas de contribuição. Além disso, os artistas convidados para o show de aniversário, que têm vasta trajetória nos circuitos culturais e ativistas da cidade, não cobraram cachê para participação na festa por apoiarem as pautas defendidas pelo CEDECA. A casa de show Kukukaya também apostou na ideia e cedeu seu espaço apenas com uma pequena ajuda de custo para os funcionários dobrarem seu expediente e contribuírem na organização da festa.

Os ingressos, no valor de R$ 30 e R$ 15, estão à venda na sede do CEDECA Ceará, na casa de show Kukuaya e com colaboradores(as) e associados(as) da entidade em diversos locais da cidade.

Artistas apoiadores

Lorena Nunes Trio – Com a proposta de um show vibrante e emocionante, Lorena Nunes e os músicos Cláudio Mendes e Igor Riveiro  apresentam um repertório para ouvir, dançar e cantar junto, com novos arranjos para canções clássicas tropicalistas, entremeadas por faixas do disco “Ouvir Dizer que Lá faz Sol”, como “Alegria Amarela” e “Ai de Mim”, já conhecidas do público.

Damas Cortejam – Grupo percussivo feminista que une ritmos e ativismo, usando termos rebuscados no nome para contrastar e mandar o recado direitinho: hoje as mulheres ocupam as ruas e os palcos. Hoje as “damas” também cortejam!

DJ Darwin Marinho – Ele tem set com músicas do mundo todo. Brasil, Caribe, América do Sul, desde ritmos mais regionais até outras coisas mais pop, vai ser um set bem dançante.

DJ Kinas – Desde o rock rebelde na adolescência, passando pelo reggae no começo da vida adulta até o soul e funk music, costuma dizer que não tem preconceitos musicais. É esse o objetivo de seu projeto de discotecagem, que faz uma ode à música em sua quintessência.

SERVIÇO

Festa de 22 anos do CEDECA Ceará – com Lorena Nunes Trio, Damas Cortejam, DJ Darwin Marinho e DJ Kinas

Quando: 19 de novembro às 15h

Onde: Kukukaya – Casa de show

Entrada: R$ 30 (inteira) R$ 15 (meia entrada)

Vendas: CEDECA Ceará (Rua Dep. João Lopes, 83. Centro) e Kukukaya (Av. Pontes Vieira, 55. Dionísio Torres)

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