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Seminário debate realidade apontada pelo Mapa da Violência 2014

DIVULGAÇÃO Pela Vida da Juventude

É perigoso, muito perigoso, ser jovem, do sexo masculino e negro, no Brasil. Ao todo, 30.072 adolescentes e jovens, com idades entre 15 e 29 anos, foram vítimas de homicídio. E o número representa 53,4% do total de mortes desse tipo no país – 91,6% também eram homens. Os dados são do Mapa da Violência 2014, que mostra um crescimento de 13,4% nos registros de homicídios, em comparação a números de 2002. Com a proposta de debater o extermínio de jovens brasileiros, posicionando-se contra essa triste realidade, será realizado no próximo sábado (13), o “Seminário Pela Vida da Juventude: Discutindo o Mapa da Violência 2014”. O encontro acontece no Cuca Mondubim e terá a presença do coordenador da área de estudos sobre a violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO) e organizador do próprio Mapa da Violência, Julio Jacobo Waiselfisz.

O Seminário será promovido por meio de uma articulação entre o Fórum Permanente das ONGs de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ceará (Fórum FDCA), a Rede de Articulação do Jangurussu e Ancurí (REAJAN), a Rede DLIS, e a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Mulher, da Juventude, da Criança e do Idoso da Câmara de Vereadores de Fortaleza. O encontro vai ser aberto à população e terá início a partir das 8h, com credenciamento e café da manhã. Às 9h, uma mesa redonda irá debater os dados apontados pelo Mapa da Violência 2014, destacando o contexto do Ceará. À tarde, acontece o lançamento do documentário “Pela Vida da Juventude”, seguido de uma roda de diálogo sobre a condição dos jovens na periferia, com grupos e coletivos juvenis de comunidades periféricas de Fortaleza e Região Metropolitana.

O “Seminário Pela Vida da Juventude: Discutindo o Mapa da Violência 2014” se encerra com um Sarau, que começa a partir das 17h.30 Para se inscrever é acessar o link: https://docs.google.com/forms/d/1k-sTgoma9RlJoKE-zUwAmgPnM8sf_2V_ok5cC2bHwIo/viewform

Triste realidade

Os dados de 2012 — último ano da série projetada pelo mapa — mostram ainda que, a partir dos 13 anos de idade, o percentual de homicídios começa a crescer. Passa de quatro a cada 100 mil habitantes para 75, quando se chega aos 21 anos de idade.

Ao longo dessa década, morreram ao todo 556 mil pessoas vítimas de homicídio, “quantitativo que excede largamente o número de mortes da maioria dos conflitos armados registrados no mundo”, destaca o texto. Comparando 100 países que registraram taxa de homicídios, entre 2008 e 2012, para cada grupo de 100 mil habitantes, o estudo conclui que o Brasil ocupa o sétimo lugar no ranking dos analisados.

No Ceará, constata-se um quadro igualmente desesperador. Segundo a pesquisa Mapa da Criminalidade e da Violência em Fortaleza, da Universidade Estadual do Ceará (UECE), 63% das vítimas de homicídio são jovens, do sexo masculino, todos entre 15 e 29 anos, fato que coloca em xeque as políticas públicas voltadas a este segmento específico na capital cearense.

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