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Falta prioridade na execução de medidas socioeducativas em meio aberto

O Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA Ceará) e o Fórum DCA lançaram na última quarta (16/11), na Assembleia Legislativa o 5º Monitoramento do Sistema Socioeducativo Cearense. O primeiro dos três cadernos desse monitoramento traz dados sobre o cumprimento das medidas em meio aberto e também foram lançados no sábado (19/11), na Bienal do Livro do Ceará. Outros dois cadernos tratam das medidas socioeducativas do meio fechado e do sistema de justiça e devem ser lançados no início de 2023.

Baixe a publicação completa aqui

Para entender

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê medidas socioeducativas em meio aberto e fechado para adolescentes que cometeram algum tipo de ato infracional. A medida de privação de liberdade fica a cargo dos governos estaduais, a medidas em meio aberto é de responsabilidade dos governos municipais. Essas últimas estão divididas em Prestação de Serviço à Comunidade (PSC) e Liberdade Assistida (LA) e têm como equipamento público de referência os Centros de Referência Especializado em Assistência Social (Creas).

 

Confira fotos do lançamento da publicação na Assembleia

Destaques do Monitoramento das Medidas em Meio Aberto

Faltam Creas – Com mais de 2,6 milhões de habitantes, Fortaleza deveria ter pelo menos 13 unidades de Centros de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), mas tem apenas seis unidades. O Creas tem por função oferecer apoio e orientação às famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e/ou social por violação de direitos.

“É um contexto grave. O Creas é importante não só para essas medidas socioeducativas, mas também para garantir dignidade para as pessoas mais vulneráveis, em um momento de aumento da pobreza. As poucas unidades que existem não têm estrutura adequada. Quando se fala em medidas em meio aberto, estamos falando de atividades coletivas, acompanhamento familiar, mas os equipamentos hoje têm estrutura de uma casa, sem espaço e também sem materiais”, relata Ingrid Lorena, assistente técnica do CEDECA Ceará.

Adolescentes fora da escola – Em 2021, um total de 181 dos 369 adolescentes cumprindo medidas em meio aberto em Fortaleza estavam fora da escola.

“A educação é um direito de todas as pessoas, e não é diferente para quem está cumprindo medida socioeducativa. Ouvimos relatos de jovens que gostariam de ter mais apoio do Creas para enfrentar essa dificuldade e também relatos de discriminação no ambiente escolar“, destaca a pesquisadora.

Falta de dados – O 5º Monitoramento aponta ainda questões relacionadas à saúde mental desses jovens e a falta de dados quanto à raça e orientação sexual, quesitos importantes quando se trata de política pública. Nos últimos 10 anos, a Prefeitura de Fortaleza executou apenas R$ 23 mil do orçamento para políticas de igualdade racial.

Como foi feito o Monitoramento

As visitas aos Creas foram realizadas em abril de 2022 por equipes formadas por duplas ou trios de pesquisadores. Foram ouvidos profissionais de psicologia, serviço social, pedagogia e direito, que atuam nos Creas de Fortaleza, além de adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em meio aberto.

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“É o Limpa”: Jovens de coletivos limpam praia em ação liderada pelo Alium Resistência

Pelo segundo ano seguido, jovens do Alium Resistência realizaram a limpeza na Praia do Pirambu, em alusão ao Dia Mundial de Limpeza de Praias. Jovens do Meraki do Gueto e do Raízes do Bom Jardim também participaram da ação, apoiada pelo CEDECA Ceará por meio do Fomento aos Grupos de Jovens/Adolescentes nos Territórios.

“Aqui é um bairro marginalizado, é difícil os políticos fazem algo pelo bairro, então os próprios moradores têm que se mobilizar para fazer esse trabalho de limpeza”, explica Lorena Lobo, do Alium.

Carla Soraia e Franklin, integrantes do Raízes do Bom Jardim, participaram pela primeira vez da ação. “Foi uma experiência incrível andar na praia e tirar o lixo, cuidar da nossa praia. Esse povo é lindo e espero que continuem sempre com essas ações”, disse Soraia. Juntos, eles recolherem o equivalente a quatro garrafas pet cheias de bitucas de cigarro.

Para Nicole, do Meraki do Gueto, a ação é necessária diante de tanta sujeira na orla.  “Foi muito importante para ver o estado das praias hoje, com muito lixo”, detalha.

Para Suzy, do Alium, essa foi mais uma importante ação de jovens do coletivo dentro do próprio território. “A gente está aqui para conscientizar a população e limpar as praias do Grande Pirambu”, afirma.

Quem passava pelo stand do evento, recebia orientações de educadores ambientais da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (SEUMA). No local, uma exposição com objetos feitos a partir do material recolhido na ação do ano passado. Havia ainda mudas de plantas que eram doadas à comunidade.

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Juventude organizada do Pirambu mostra força em ação de limpeza de praia

Cerca de 50 crianças, adolescentes e jovens do Pirambu participaram neste sábado (18/09) da ação “É o Limpa”. A atividade foi organizada pelos coletivos Alium Resistência e Trup’irambu, com apoio do CEDECA Ceará, e marcou o Dia Mundial de Limpeza de Praias e Rios, lembrado a cada ano no terceiro sábado de setembro.

Os adolescentes e jovens se concentraram no calçadão da praia do Pocinho, no Pirambu, às 8h, e de lá desceram até a praia, onde contaram com ajuda de crianças na ação. Foram recolhidos mais de 20 sacos de lixo, que foi separado entre reciclável e não reciclável.

Educadores da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), da Prefeitura de Fortaleza, apoiaram a ação com materiais de proteção para a atividade e com troca de mudas. Ao longo de toda a manhã do sábado, moradores e moradoras da região se aproximaram do ponto de apoio para trocar material reciclável por plantas.

Confira imagens da ação “É o Limpa” no Intagram 

Fotos de @lilics_santos , @david.l.dvd e @cedecaceara (Todos os direitos reservados)

A ação foi pauta dos telejornais CETV 1 e CETV 2 do sábado (18/09). Confira.

A atividade foi encerrada com apresentação de Coco de Praia do coletivo Casa das Negas. O coletivo se denomina como “lugar de aquilombamento contra violências raciais e de gênero”.

“A gente vai fazer esse ‘gera’ para cuidar das praias aqui das áreas porque é um tipo de ação ambiental que a gente precisa fortalecer pra que a gente tenha o hábito de cuidar do que é nosso”, convocou Dudu Costa, participante do coletivo Trup’irambu, na concentração do evento.

“A gente era só um grupo de teatro e agora a gente vem fazendo essas ações, para incentivar a população a cuidar do que é nosso por direito, incentivar a manter o nosso ambiente limpo para a segurança de todos”, explica Suzy Martins, participante do coletivo Alium, na reportagem para o jornal O Povo sobre a ação.

O coletivo Alium (do latim “outro”) é um coletivo LGBTQIA+ de Teatro Político organizado por jovens do Pirambu. O Trup’irambu é um coletivo atuante no mesmo bairro, desde 2017, formado por jovens artistas.

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