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Margaridas, de Maruska Ribeiro, no Sábado de Artes deste sábado (29/06)

 “Margaridas: Um amontoado de mulheres em uma só. Margaridas que nascem da terra, que plantam e cultivam o solo. Nascem da força, da resistência, que se rega com suas próprias lagrimas, para se nutrir a cada dia. Margaridas de terras secas, dos asfaltos, de pés rachados, de punhos serrados e mãos abertas. Margaridas aqui, margaridas acolá”.

Depois da peça “Gente de Lá”, o Sábado de Artes apresenta o espetáculo teatral Margaridas, de Maruska Ribeiro, neste sábado (29/06), às 18h30, no Centro Cultural Chico da Silva (Rua Nossa Senhora das Graças, 174– Pirambu). A entrada é gratuita.

O projeto do espetáculo se baseia na história de vida de mulheres do campo, suas lutas, forças e delicadezas; surgiu em 2013, com a participação de Maruska na Caravana Arte e Cultura na Reforma Agrária (INCRA-CE/IFCE).

Após participar desse momento, a artista retorna para a cidade e se depara com mulheres semelhantes, “Margaridas do Asfalto”. Terra Vermelha, retalho, suor, lembranças são ferramentas poéticas para narrar essa história.

Na abertura do Sábado de Artes, o grupo de teatro político TruP’irambu, acompanhado pelo Cedeca Ceará, apresentará esquete sobre remoções no bairro, em decorrência do Projeto Vila do mar. O esquete é baseado no texto teatral “Rosa do Lagamar”, escrito pelo escritor cearense Eduardo Campos na década de 1960.

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Trup’irambu recebe novos integrantes

O grupo de teatro político TRUP’IRAMBU, acompanhado pelo CEDECA Ceará, está de portas abertas para mais gente. O primeiro encontro de acolhimento de interessados/as em integrar o grupo aconteceu nesta terça (11/06) na Sociedade Esportiva Cultural Arco-Íris (SECAI), no Pirambu.

A atividade foi iniciada por uma breve apresentação dos presentes, do CEDECA Ceará e do histórico do grupo de teatro político, com a participação dos integrantes mais antigos do grupo.

Em seguida, foi realizada leitura e discussão do texto A mulher no espelho, crônica de Augusto Boal, contida no livro O teatro como arte marcial. “Falamos um pouco sobre Augusto Boal, importante referência para o teatro político no Brasil, e buscamos entender o conflito vivido por empregadas domésticas e do potencial do teatro para desvelar profundas opressões”, explica Fernando Leão, assessor comunitário do CEDECA Ceará.

A ideia do encontro de acolhida foi trabalhar a proposta de “desmecanização corporal” por meio de jogos de integração e aquecimento. “Para Augusto Boal, o processo de desmecanização tem o objetivo de desfazer condicionamentos corporais que, no cotidiano, são marcados por preconceitos, discriminações e as mais diversas formas de injustiças e opressões vividas socialmente”, detalha Fernando.

O encontro foi encerrado com a apresentação de quatro cenas e com os participantes apresentando sua percepção acerca do que gostaram, do que criticam e do que propõem para dar mais força à cena. A proposição pretendeu, a partir da criação, da apresentação e da crítica de cenas teatrais, identificar e debater conflitos/opressões presentes no cotidiano dos jovens do bairro.

Gira a ciranda – TRUP’IRAMBU e Tambores do Gueto são coletivos que integram as atividades do projeto “Essa ciranda é de todos nós: pela defesa do direito à proteção de crianças e adolescentes”, vencedor nacional da 13ª edição do Prêmio Itaú-Unicef

Entenda mais sobre como são realizadas as atividades do TRUP’IRAMBU:

https://www.opovo.com.br/jornal/cidades/2018/10/os-exemplos-dos-projetos-cearenses-para-a-juventude.html

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Trup’irambu ensaia peça de Bertolt Brecht “Aquele que diz sim e aquele que diz não”

O grupo de teatro político TruP’irambu reflete sobre tomada de decisões

Para iniciar as atividades do ano nos territórios, o grupo de teatro político TruP’irambu, acompanhado pelo CEDECA Ceará, questiona as decisões: a que ou a quem nesse mundo se diz sim e a quem se diz não.

A partir do começo de março, o grupo vem trabalhando a peça “Aquele que diz sim e aquele que diz não”, inspirada no teatro político do dramaturgo alemão Bertolt Brecht. A proposta surgiu da reflexão, durante o planejamento participativo do TruP’irambu, sobre a tomada de decisões individuais e coletivas  dentro do grupo.

A peça faz um questionamento sobre o que está imposto, as regras sociais que não podem ser mudadas. Diante dos costumes sociais, daquilo que a sociedade indica ser os modos de convivência, as decisões da pessoa que diz sim e da pessoa que diz não reflete a postura que o indivíduo assume. O texto aponta que ambas as decisões geram uma repercussão política, que repercute também na sociedade.

Segundo Fernando Leão, assessor comunitário do CEDECA Ceará, esse tipo de peça é chamada de “peça didática”, ou seja, elas não são necessariamente peças para serem apresentadas para o público, mas trazem a provocação para o próprio grupo. “No processo de montagem dessa peça, a gente questionou isso com os jovens: a que e a quem nesse mundo de hoje a gente diz sim e a que e a quem a gente diz não? Foi muito significativo esse momento”, complementa Fernando, que acompanha o grupo.

Os participantes foram convidados a refletir sobre as etapas do grupo. Das decisões mínimas (permanecer ou sair; fazer um ou dois ensaios por semana; quando montar um espetáculo) até às questões estruturais da sociedade, como o machismo ou a violência policial, todos os aspectos foram considerados nessa montagem.

“As meninas se posicionaram muito claramente sobre o machismo. Uma delas disse assim: ‘Eu digo não ao fato de a sociedade não permitir que eu saia de saia curta ou então que eu sente dessa forma ou de outra forma’, outro disse assim: ‘Eu digo não ao fato de que a polícia sempre chega de uma forma muito violenta quando a gente está na praia e eles mandam a gente ir embora’”, relembra o assessor comunitário.

Eduardo Costa, ator do grupo, interpreta o personagem principal: uma pessoa doente que tem de decidir qual rumo seguir na história. A dinâmica que se buscou trabalhar a peça, com os jovens do TruP’irambu, foi pensada no revezamento dos atores para interpretar os personagens, sobretudo, o personagem principal.

“A questão de ter um não é também muito importante, para a gente que se identifica como grupo. É uma chave para a questão de crescimento enquanto coletivo e como sociedade. Pra mim, a importância de se opor, de ser um sujeito de oposição, é porque a gente precisa de mudança realmente (ser mudança). Isso tanto para ações enquanto coletivo e enquanto indivíduo que participa do grupo”, reflete Eduardo.

A primeira versão da peça  foi apresentada durante visita da KNH, apoiadora do projeto, a Fortaleza e para o grupo das mães do Socioeducativo e do Curió.

Entenda o contexto da peça

Esse texto tem referência em um texto do teatro Noh, tipo de teatro japonês do século 12 e 13, recriado em 1929 por Bretch, que o transformou em dois. Os textos contam a história das decisões questionadas em uma viagem, cujo costume era que se alguém passasse mal ou ficasse doente durante o percurso, o grupo não deveria voltar e essa pessoa ou era abandonada ou era jogada do vale, esse que seria jogado tinha de afirmar e confirmar que era isso mesmo que queria e que o grupo continuasse a jornada, ou seja, era aquele que dizia sim e não questionava os costumes construídos socialmente. Por outro lado, aquele que diz não reflete e questiona, ‘faz sentido permanecer nesse costume?’.

Mesmo tendo sido pensada em 1929, o debate gerado pelas perguntas e suas reflexões continuam sendo ainda muito atuais. No contexto em que foi escrita, na década anterior a chegada e ascensão de Hitler na Alemanha, Bretch observava e já “antecipava” o que estava por vir. “Havia na sociedade da época uma pré-disposição para o Hitler que ia chegar daqui a pouco”, explica Fernando Leão.

*Lucianna Silveira (texto)
*Thiago Mendes (edição e supervisão de estágio)

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Trup’irambu comemora dois anos com planejamento participativo

Adolescentes e jovens do grupo de teatro político TRUP’IRAMBU realizaram no sábado (16/02) seu planejamento anual e comemoraram dois anos de formação do coletivo. O TRUP’IRAMBU, grupo acompanhado pelo CEDECA Ceará, se reúne semanalmente no bairro Pirambu, em Fortaleza, em atividades de formação política e arte. As atividades contam com apoio da KNH.

Este é o segundo ano que o CEDECA auxilia o grupo em um planejamento participativo das atividades anuais. Desta vez, o mote da atividade foi a pergunta “Como eu pinto meu TRUP’IRAMBU?”. Os jovens foram convidados a desenhar, por meio da metáfora do corpo, como veem o grupo. “Eles/elas partilharam os desenhos e a partir daí cada um construiu um corpo coletivo. Foi feita uma reflexão se os ‘pés’ estavam em contato com a ‘cabeça’, ou seja, com os ideais”, explica Efferson Mendes, artista-pesquisador e assessor técnico do CEDECA Ceará.

Entre as propostas para este ano, os/as participantes apontaram uma maior atuação em escolas da região, realização de saraus e até a montagem de um espetáculo. “Esse planejamento mostra o quanto o grupo tem amadurecido. Foi um momento importante para parar e reforçar essa identidade”, aponta Efferson.

Ciranda continua – Próximo dia 16/03 será a vez do grupo Tambores do Gueto, do Bom Jardim, realizar seu planejamento participativo. TRUP’IRAMBU e Tambores do Gueto integram as atividades do projeto “Essa ciranda é de todos nós: pela defesa do direito à proteção de crianças e adolescentes”, vencedor nacional da 13ª edição do Prêmio Itaú-Unicef

Entenda mais sobre como são realizadas as atividades do TRUP’IRAMBU

https://www.opovo.com.br/jornal/cidades/2018/10/os-exemplos-dos-projetos-cearenses-para-a-juventude.html

Saiba mais sobre participação de crianças e adolescentes nesta publicação do CEDECA Ceará

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