Deixa a juventude viver! Foi reivindicando e acreditando nessa afirmação que a V Escola de Formação Política para as Juventudes foi construída e realizada em conjunto com cinco coletivos de adolescentes e jovens de três territórios das periferias de Fortaleza.
O lema da edição deste ano foi: “Da Ciranda de Todes Nós ao Balanço das Redes de Proteção: Pelas Vidas das Juventudes Negras nas Periferias de Fortaleza!”
Repleta de momentos de trocas de saberes, vivências e arte, a Escola aconteceu nos dias 1º, 2 e 3 de julho e abriu espaço para a história de cada coletivo, para suas trajetórias e para a construção do que virá daqui para frente.
Já na saída dos/das jovens de cada território e na chegada foi possível perceber como seria a V Escola. Confira neste vídeo especial de cobertura do evento:
O que é Escola de Formação?
A Escola de Formação é uma metodologia desenvolvida junto aos territórios periféricos de Fortaleza com os quais o CEDECA Ceará atua desde 2016. O momento representa uma culminância das ações desenvolvidas a cada ano junto a adolescentes e jovens de cinco coletivos (Alium Resistência, Meraki do Gueto, Raízes do Bom Jardim, Trup’irambu e Tambores do Gueto) de três territórios: Bom Jardim, Pirambu e Ancuri/Jangurussu.
As duas primeiras edições aconteceram em 2018 e 2019. Em razão da pandemia, as duas edições seguintes ocorreram de modo virtual. “Com o arrefecimento da pandemia, a gente pôde ter a oportunidade de fazer novamente a escola, juntando três territórios, juntando cinco coletivos e entender como um momento de comemoração, de fortalecimento e de integração”, celebra gigi castro, da coordenação colegiada do CEDECA Ceará.
Leia Mais sobre a proposta metodológica da Escola nesta cartilha, produzida especialmente para a V edição
A Escola contou com uma programação cheia de afeto e propícia a trocas e aprendizados. A “Feira do Soma Sempre” foi um exemplo disso. Como forma de visualizar, avaliar e compartilhar o “apurado” dos cinco anos da atuação junto aos territórios, os/as adolescentes e jovens foram convidados a expor suas realizações por meio de uma feira, a “Feira do Soma Sempre”.
Esse momento na V Escola foi inspirado na metodologia criada pelo educador popular Ray Lima, explica gigi castro. “A gente pensou assim: como é que a gente faz uma avaliação dinâmica que dê conta justamente das performances poéticas que a gente vivenciou ao longo desses cinco anos? Uma feira, nada melhor do que uma feira”, detalha gigi.
A proposta era que como em uma feira cada grupo anunciasse o que tinha de melhor e contasse sua história, suas conquistas e momentos marcantes para os demais. O CEDECA Ceará também se fez presente na feira e contou sua trajetória atuando com a formação política de grupos de jovens.
Assim como em toda feira, a do soma sempre também teve seu “apurado”. Jovens dos diferentes coletivos presentes pontuaram o que mais chamou a atenção durante a feira. Nas falas, destacou-se a admiração pelos demais coletivos, o reconhecimento das potências uns dos outros e a importância de se chegar junto para somar com o crescimento de cada um e cada uma. De construção coletiva, essa galera entende!
A jovem Tamara Cristina, do coletivo Meraki do Gueto, comenta o “apurado” da Feira, os aprendizados entre os coletivos e os apontamentos para o futuro.
A V Escola aponta, dessa forma, para a transição entre dois ciclos: “Da Ciranda de Todes Nós”, projeto vencedor do 13o Prêmio Itaú e que fomentou a criação e articulação dos coletivos presentes para o “Balanço das Redes de Proteção: Pelas Vidas das Juventudes Negras nas Periferias de Fortaleza!”, que objetiva a formação de uma rede de coletivos de juventudes na cidade.
“O que a gente está desenhando para o próximo período é a construção de uma rede dessas juventudes periféricas, no sentido de mostrar o bom e o boom dessas periferias. Essas periferias, elas não são um lugar que produz, como geralmente aparece na mídia, o crime, a marginalização. Não! Elas são um lugar de vida, de potência, e esse projeto é a construção dessa rede, de mostrar a potência desses territórios e de fortalecer esses coletivos”, explica gigi castro.
Cada coletivo que participou da V Escola de Formação trouxe sua energia, sua história e sua resistência, inclusive nos nomes. Meraki do Gueto (o nome em grego remete àqueles que se doam e fazem algo com a alma sem desconsiderar suas origens). O nome Raízes do Bom Jardim faz referência àqueles que se orgulham de seus territórios e resistem por ele. Alium Resistência (do latim, o outro, a outra, vem nos falar sobre empatia).
Em rostos, experiências, sonhos e nomes, os coletivos são “anúncios” de resistências e de um ciclo que se renova!
Coletivos de jovens organizados em diferentes territórios de Fortaleza começaram o ano na ativa e cheios de vontade de provocar mudanças. Nesses quatro primeiros meses de 2022, os coletivos Meraki do Gueto, Alium Resistência e Raízes do Bom Jardim participaram de formações, retomaram parcerias, desenvolveram atividades e incidiram por melhorias para o bairro onde vivem e articularam ações de prestação de serviço à comunidade.
Os coletivos vêm ocupando os espaços de luta na cidade. Recentemente os três grupos de jovens participaram de uma reunião do Fórum Popular de Segurança Pública, além de estarem no processo de construção e participação, junto ao CEDECA, do Diagnóstico Rápido Urbano Participativo (DRUP), para auxiliar na construção de novos projetos, no diagnóstico do cenário de violência nos bairros e para a definição de focos de atuação.
Na terça-feira (12/04), representantes dos coletivos estiveram na sede do CEDECA para 3ª reunião da Comissão de Participação, que visa compartilhar as propostas dos próximos projetos a serem desenvolvidos e construir coletivamente um horizonte para as ações.
3ª Reuniao da Comissão de Participação do CEDECA Ceará
Os coletivos – além de participarem e estarem engajados em ações e agendas da instituição – também têm suas atuações cada vez mais autônomas, o que permite a eles/elas ganhar espaço na cena da luta por direitos na cidade de Fortaleza.
O CEDECA Ceará atua para o fortalecimento desses coletivos e para que crianças, adolescentes e jovens vivam e exerçam de modo mais pleno possível o direito à participação nos rumos da cidade.
JUVENTUDE QUE SE JUNTA!
O coletivo Meraki do Gueto começou o ano oxigenando e continuando ações do ano anterior. O grupo vem dando continuidade à incidência política articulada com a Mandata Nossa Cara, da Câmara de Vereadores, baseado no monitoramento realizado no posto de saúde da comunidade e a fim de conseguir melhorias para a garantia do acesso à saúde como um direito básico.
Participação e exercício da cidadania são questões das quais o coletivo não abre mão. Por isso, iniciaram um mutirão para auxiliar na solicitação do título eleitoral de adolescentes.
Tamara Cristina, jovem de 18 anos e integrante do Meraki do Gueto, destacou que o grupo acredita no poder do voto e por isso tiveram essa iniciativa.
“Pensamos na ação de emissão de títulos de eleitor com adolescente da nossa comunidade, marcamos dias em lugares centrais, estamos indo em escolas e facilitando para eles no passo a passo para tirar o título eleitoral, o objetivo desse ‘rolê’ é dar suporte e conscientizar para que a juventude possa fazer sua parte e exercer sua cidadania”, destaca a jovem.
E vem mais movimento por aí! O coletivo Meraki do Gueto está participando de várias formações e também vem organizando um cine-debate para a comunidade.
“Vamos realizar em um futuro próximo um cine debate para nossa comunidade e a limpeza de algumas ruas, sabemos que nossa atitude pode mudar a realidade e a forma com que a juventude é vista, esclarecendo não só para a comunidade, mas também para todas as outras pessoas que nós sempre teremos nós!”, completa Tamara.
JUVENTUDE QUE FAZ!
O coletivo Alium Resistência iniciou o ano retomando parcerias importantes e pensando em como se somar em benefício do bem-estar da comunidade em que vive.
O grupo vem retomando a parceria com a Secretaria do Meio Ambiente (Seuma) e planejando novas ações de limpeza da praia com o objetivo de cuidar do espaço e conscientizar para o cuidado coletivo.
Confira no nosso site como foram as primeiras ações de limpeza de praia do Alium
Neste ano, o coletivo já participou e promoveu formações e momentos coletivos em conjunto com o CEDECA Ceará e com outras parcerias e também fortaleceu uma aproximação com os familiares dos jovens que fazem o Alium Resistência.
Nayma, jovem integrante do coletivo, contou um pouco sobre esse processo e sobre as atividades mais recentes do grupo.
“Tivemos uma reunião com os pais, muito emocionante, as mães se apresentaram e conseguiram entender que o Alium é uma família e que a gente tá aqui não só pra brincar, mas pra ajudar nossa comunidade. Isso ajudou na aproximação dos filhos com as mães e foi algo incrível. Participamos de um debate sobre pobreza menstrual com as meninas do Alium, rolou distribuição de kits com absorventes e outros produtos de higiene. Recebemos a visita do Meraki do Gueto, que nos auxiliou a tirar o título de eleitor, informando e ajudando não só as pessoas do coletivo como também pessoas de fora que queriam e tinham dúvidas sobre. Tivemos um debate com a galera do RUA e várias apresentações do Selo do Século e Quebra Mar REC. Foi super esclarecedor o debate sobre como os artistas periféricos não têm a devida visibilidade e ajuda e com o tempo são apagados da história. Tivemos uma aula com Pedra Silva, sobre o racismo estrutural e como nenhum negro está a salvo enquanto esse racismo estrutural, institucional e muitas vezes cultural estiver por aí”.
JUVENTUDE QUE AGE!
O coletivo Raízes do Bom Jardim chegou em 2022 com foco nas atividades do grupo e no fortalecimento deste enquanto coletivo. Os membros já participaram de vários encontros promovidos pelo CEDECA Ceará e estiveram em reunião do Fórum Popular de Segurança Pública. O grupo é formado por crianças e adolescentes e tem somado na construção de novos projetos.
“Nossos planos daqui pra frente são: estar juntes com outros coletivos e estar mais próximos da juventude, mesmo que a maioria do grupo seja adolescentes. Queremos também fazer o 1° Sarau do grupo. Enfim….projetos ainda vão rolar no decorrer dos encontros”, pontua Iasmym
JOVENS NO CENTRO DA DISCUSSÃO
O CEDECA Ceará junto dos coletivos que assessora criou a Comissão de Participação. Formada por três territórios e dois grupos de mães e profissionais da instituição, o objetivo da comissão é fomentar a participação desses sujeitos nas atividades desenvolvidas pela organização para com esses mesmos grupos assessorados.
Tamara destaca que a comissão é um espaço de muita participação e acolhimento.
“A importância da comissão de participação é imensurável. São reuniões leves e com a cara jovem, com pautas sérias e um espaço aberto para expressarmos nossa opinião, não são só adultos falando sobre o que achamos e pensamos. Nós temos voz para expressar o que sentimos e o que é importante para nós. A comissão deixa o adultocentrismo de lado, para e nos escuta. Como em muitos lugares nós somos silenciados, é bom saber que essa comissão existe”, pontua Tamara.
A comissão reúne representantes de todos os coletivos, mas o objetivo é que essas representações sejam rotativas para que mais pessoas participem. A aproximação dos grupos para fomentar uma futura rede de articulação entre esses sujeitos coletivos também é um objetivo da comissão de participação e é um processo que já começa a ser fortalecido.
Suzy, integrante do Alium, também pontua a relevância da comissão de participação para os coletivos. “Estar na comissão de participação é um momento muito rico pra gente, pois tem espaços que nos são negados, e esse é um espaço que podemos falar, dizer o que achamos. Com essa comissão o CEDECA proporciona um momento muito rico para nós jovens dos coletivos que estão nas periferias de Fortaleza. Nas reuniões a gente se sente à vontade pra falar o que acha, o que pode dar certo ou não o que a gente sugere. Fazer parte disso é muito bom”, destaca.
Entenda mais sobre a Comissão de Participação neste vídeo
AS CORTINAS SE ABREM
Coletivo Alium na apresentação do espetáculo “Das que ousaram desobedecer” (abril 2022)
A cultura tem sido elemento para que os coletivos trabalhem as “poéticas do cotidiano” como forma de resistência à necropolítica. Nesse sentido, atividade marcante nesse começo de ano foi a ida do coletivo Alium para ver a apresentação do espetáculo “Das que ousaram desobedecer”, da Cia Brava. Foi um reencontro feliz e emocionado, resume a assessora comunitária do CEDECA Ceará Joice Forte, depois de um longo período sem poder frequentar o teatro por causa da pandemia.
Nesse período de isolamento social, em razão da pandemia do novo coronavírus, muitas pessoas têm usado a tecnologia para manter contatos e conversas a distância, de modo virtual. Quando as conversas são ao vivo e para todo mundo acompanhar temos as “lives” (referência ao termo live, “ao vivo”, em inglês).
As conversas virtuais têm se multiplicado nas redes, reunindo papos e ideias de pessoas afastadas espacialmente. Esses encontros ajudam a espalhar afetos e expõem também a desigualdade social e racial do País, pois a conexão de internet nem sempre é boa, especialmente no campo e na periferia.
Mesmo com esse cenário, o CEDECA Ceará se juntou a essa estratégia e tem feito conversas virtuais que já renderam muita experiência, análises e lutas compartilhadas.
Se você perdeu alguma dessas lives, ou quer rever algumas das conversas, chega mais!
1
As meninas da periferia e o enfrentamento da pandemia
Canal: Youtube CEDECA Ceará
Data: 11/06, 19h
Como a juventude da periferia tem atuado no enfrentamento da pandemia nos territórios de Fortaleza? Como o quadro de desigualdades afeta a vida das meninas, jovens e adolescentes mulheres nesses locais? Para conversar sobre o tema, convidamos as jovens Lany Maria, do Bom Jardim, e Joyce Sampaio, do Pirambu. Vamos juntas? 😉 Durante a live, houve também o lançamento on-line da publicação “Infância, Gênero e Orçamento Público no Brasil”.
2
ECA 30 anos: enfrentando o racismo na infância
Canal: YouTube + Facebook do CEDECA Ceará
Data: 30/07, 19h
Julho foi o mês de 30 anos do ECA. Mês de reflexão sobre como essa lei estabeleceu para TODAS as crianças e TODOS adolescentes direitos fundamentais e a própria condição de sujeitos de direitos. Mas a afirmação da universalidade do Estatuto precisa avançar. É cada vez mais necessário discutir o racismo na infância e como ele estrutura desigualdades sociais. Infelizmente, o racismo impõe que meninos e meninas são/serão protegidos e quais estão mais vulneráveis às diversas formas de violência. A morte e a prisão de adolescentes negros no sistema socioeducativo são duas manifestações mais evidentes disso. Para debater caminhos para enfrentar o racismo contra crianças e adolescentes, convidamos para conversar sobre o tema: ⠀
Daniele Teotônio – Mulher negra periférica, professora da rede pública da educação infantil e integrante da Rede de Mulheres Negras do Ceará. 👩🏾🦰👩🏾🏫✊🏾⠀
Douglas Severiano – Conhecido artisticamente como Miudim, é artista negro de periferia, músico, compositor, poeta e membro do grupo @tamboresdogueto 👦🏾🥁🎙⠀
Yli Martins – Artista do coletivo de teatro político @coletivo_trupirambu é mulher, preta, gorda e periférica. 👩🏾🦰🎭🌆
A conversa teve mediação de Talita Maciel, advogada e coordenadora do Núcleo de Incidência do CEDECA Ceará.
3
Senta que lá vem a história. Pelos nossos, pelas nossas
Canal: YouTube + Facebook do CEDECA Ceará
Data: 31/07, 19h
Quem conta uma história espera algo em troca. Pode ser um sorriso, um aceno de concordância, um afago. Ou somente sua atenção. Nosso convite para amanhã à noite é seguir as trilhas de Sherazade e ouvir histórias nunca (ou pouco contadas) pelas bandas de cá. Topa? O projeto desenvolvido pelo CEDECA Ceará junto aos territórios no período de pandemia abre as portas para o “Senta que lá vem a história. Pelos nossos, pelas nossas”. Chegue mais, tome seu lugar para ouvir e interagir com três Guardiões da Memória dos bairros Conjunto Palmeiras (Lúcia Ângelo), Pirambu (Carlos Careca) e Bom Jardim (Bianca Pereira). Nas veredas das narrativas, a juventude também marca presença com muita poesia, causas e causos. A história está lançada. O que você trará?
Guardiões da Memória ⏳
Bianca Pereira faz parte do gabinete de assessoria jurídica de organização populares e é moradora do Bom Jardim.
Lúcia Ângelo é conselheira de direito, educadora social da Associação Santos Dias e moradora do Conjunto Palmeiras.
Carlos Careca é artista popular, quadrilheiro, presidente do Clube SECAI e morador do Pirambu.
Participações da equipe do CEDECA Ceará em “lives” durante o pandemia da Covid-19
Título: Por Memória e Justiça Realização: Rede de Mães do Ceará Transmissão: Instagram do V Encontro Nacional de Mães e Familiares de Vítimas do Terrorismo do Estado (@contraoterrorismodoestado) Data: 05/05, 06/05, 07/05 e 08/05, às 19h Neyla Castro, como mediadora
Título: Live Formativa: políticas públicas (Campanha de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes – #Eunãosabiaqueeraabuso) Realização: Fórum Permanente de ONGs de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Fórum DCA) Transmissão:Instagram do Fórum DCA Ceará Data: 14/05, 16h Marina Araújo, como participante Link: https://www.instagram.com/tv/CALlF9TFtyA/
Título: NOSSAS VIDAS IMPORTAM: impactos da Covid-19 sobre favelas e periferias Realização: Anistia Brasil Transmissão: Youtube da Anistia Brasil Data: 14/05, às 19h Mara Carneiro, como participante Link: https://www.youtube.com/watch?v=an5lIjjXXR4
Título: Direito à Educação de Crianças e Adolescentes no contexto de pandemia Realização: OAB Ceará – Comissão Especial de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente Transmissão: Youtube da Campanha Nacional pelo Direito à Educação Data: 29/05, às 20h Marina Araújo, como participante Link:https://www.youtube.com/watch?v=38Z3TUgS5xg
Título: Sábado de Artes – Entre lives e loves Realização: Trup’irambu Transmissão: Instagram do Trup’irambu Data: 30/05, às 19h Renatinha Fernandes, como participante convidada Link: https://www.instagram.com/tv/CA1Zn7EJ-C1/
Título: Contexto dos Direitos Humanos no Ceará e os desafios para o CEDDH Realização: Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos Transmissão: Facebook do CEDDH Data: 10/06, às 18h Link: https://www.facebook.com/ceddhceara/videos/182615483168569/
Título: As meninas da periferia e o enfrentamento à pandemia (Na live aconteceu o lançamento on-line da publicação “Infância, Gênero e Orçamento Público no Brasil”)
Realização: Cedeca Ceará
Transmissão: Youtube e facebook do Cedeca Ceará
Data: 11/06, 19h
Suzana Moreira, como mediadora
Link: https://www.youtube.com/watch?v=9a5NNPBQK_k
Título: (Webinar) Combate à Tortura e maus-tratos em tempos de Covid-19: Relatos de experiência Realização: Associação de Prevenção à Tortura-APT, Subcomitê das Nações Unidas para a Prevenção da Tortura e Fundo ONU para vítimas de Tortura Transmissão:aplicativo Zoom Data: 26/06, 08h às 9h30 (Horário de Brasília) Mara Carneiro, como participante
Título: Segurança Pública Popular e estratégias para prevenção de homicídios
Realização: Fórum Popular de Segurança Pública do Ceará
Transmissão: Canal do Fórum Popular de Segurança Pública do Ceará no youtube
Data: 04/07, 16h
Talita Maciel, como participante
Link: https://bit.ly/FPSP_youtube
Título: NOSSAS VIDAS IMPORTAM: impactos da Covid-19 sobre crianças e adolescentes Realização: Anistia Brasil Transmissão: Youtube da Anistia Brasil Data: 09/07, 19h Talita Maciel, como participante Link: https://www.youtube.com/watch?v=fB-i2azgmpk
Título: Prevenção à tortura em tempos de Pandemia: análise do sistema socioeducativo brasileiro (A live fez parte do II Seminário Nacional de Prevenção e Combate à Tortura) Realização: Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do Ceará Transmissão: Via Google Meet do CEPCT Data: 10/07, 16h Link: https://www.youtube.com/watch?v=D63L-SUxU1Q&feature=youtu.be
Título: Direito à saúde mental e prevenção à tortura em tempos de Pandemia (A live fez parte do II Seminário Nacional de Prevenção e Combate à Tortura) Realização: Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do Ceará Transmissão: Via Google Meet do CEPCT Data: 17/07, 16h Renan Santos, como mediador Link: https://www.youtube.com/watch?v=Nv2BvLbBryY&feature=youtu.be
Título: Avanços e desafios nos 30 anos do ECA Realização: Emissora de Rádio Comunitária de Independência 104.9 Transmissão: Facebook FM Independência RCI Data: 23/07, 12h Bruno de Sousa, como participante Link: https://www.facebook.com/rci.independencia/videos/686820361917107
Título: Sábado de Artes – Quando eu como Pirambu Realização: Trup’irambu Transmissão: Instagram do Trup’irambu Data: 25/07, às 18h30 Efferson Mendes, como mediador/apresentador Link: https://www.instagram.com/tv/CDFPi4zJO8w/
Título: A emenda constitucional 95 e consequências para as políticas sociais de proteção à infância brasileira Realização: Erika Kokay Transmissão:Facebook Erika Kokay Data: 01/08, 17h Marina Araújo, como participante Link: https://www.facebook.com/ErikaKokay/videos/2960314917411016
Título: Homicídios de meninas pobres e negras no Ceará: O que temos a ver com isso? Realização: Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos Transmissão: Facebook do CEDDH Data: 04/08, às 18h Talita Maciel, como mediadora Link:https://www.facebook.com/ceddhceara/videos/1770976786377803/
Título: Webinário #ExposedCeará: em defesa da dignidade sexual de meninas e mulheres. Realização: OAB Ceará – Comissão Especial de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente Transmissão: Youtube da ESA Ceará – Escola Superior de Advocacia Data: 17/08, 14h AnaCristina Melo, como participante Link: https://www.youtube.com/watch?v=9Qqz1C7v_mw&feature=youtu.be
Título: Segurança pública popular e estratégias para prevenção de homicídios Realização: Fórum Popular de Segurança Pública do Ceará Transmissão:Canal do Fórum Popular de Segurança Pública do Ceará no youtube Data: 21/08, 15h30 Carla Moura, como mediadora Link:https://www.youtube.com/watch?v=33bjQwzVA3c
Título: Assédio nas escolas: conscientizar e acolher Realização: Coord. de Formação Docente e Educação a Distância Transmissão:Youtube Coord. de Formação Docente e Educação a Distância (CED Ceará) Data: 27/08, 15h Marina Araújo, como participante Link: https://www.youtube.com/watch?v=Zy7UkdVt5ys
Título: “Cidadão, não! Engenheiro Civil!”: uma conversa sobre educação e construção de novas relações de poder Realização: Grupo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Educação – GEduc Transmissão:Youtube Grupo GEduc Data: 23/09, 19h Mara Carneiro, como participante Link: https://www.youtube.com/watch?v=yGV7vaxCF-M
Título: Pelos nossos, sempre: por memória e justiça dos(as) adolescentes assassinados(as) no Ceará Realização: Fórum Popular de Segurança Pública do Ceará em parceria com as Mães do Curió, CEDECA Ceará e Fórum DCA Transmissão:Canal do Fórum Popular de Segurança Pública do Ceará no youtube Data: 11/11, 19h Neyla Castro, como participante Link: https://www.youtube.com/watch?v=duFAB7SD_eI
Título: Política Pública de Segurança: o que temos a dizer sobre ela Realização: Fórum Popular de Segurança Pública do Ceará e CEDECA Ceará Transmissão:Canal do Fórum Popular de Segurança Pública do Ceará no youtube Data: 12/11, 19h Carla Moura, como participante Link: https://www.youtube.com/watch?v=BK0gisiQo_U
Título: Mães do Curió convidam…Comissão de Direitos Humanos da OAB/CE Realização: Movimento de Mães e Familiares do Curió Transmissão:Facebook Mães do Curió Lutam por Justiça Data: 16/11, 19h Neyla Castro, como mediadora Link: https://www.facebook.com/100504354755508/videos/372891983801474
Título: I Seminário Estadual Psicologia e Políticas Públicas | Atuação de psicólogas(os) na Rede de Proteção às Crianças e Adolescentes em situação de violência sexual Realização: Conselho Regional de Psicologia (CRP-CE) Transmissão:Youtube Conselho Regional de Psicologia (CRP-CE) Data: 12/12, 16h30 Link: https://www.youtube.com/watch?v=pMwBt49M7sE&feature=youtu.be
O CEDECA Ceará atua atualmente em três territórios de Fortaleza: Bom Jardim, Jangurussu/Ancuri e Pirambu. Nesses bairros, são realizadas ações de arte-educação e formação política junto a coletivos e grupos de adolescentes e jovens.
Juventude e movimentos sociais das comunidades da periferia de Fortaleza têm mobilizado iniciativas e campanhas para doação de cestas básicas e itens para higienização como forma de prevenção e auxílio às famílias mais vulneráveis que enfrentam o novo coronavírus. O CEDECA Ceará se soma a essas iniciativas e coloca à disposição da população a conta do Pay Pal para facilitar o recolhimento de doações.
Faça a sua doação aqui
[As doações podem ser feitas por meio de conta do PayPal ou no cartão de crédito]
Quem vai receber as doações
As doações serão destinadas a iniciativas, frentes e coletivos reconhecidos pelo CEDECA Ceará pela auto-organização e seriedade em fazer chegar o auxílio a moradores e moradoras das três comunidades que mais precisam neste momento. Haverá prestação de contas do destino das doações no nosso site.
O que o CEDECA Ceará defende para enfrentar o novo coronavírus
Além das iniciativas de doação, o CEDECA Ceará defende a revogação da Emenda do Teto de Gastos; o pagamento imediato da renda básica a quem mais precisa; a garantia dos empregos de trabalhadores e trabalhadoras; o apoio do Estado para que as famílias possam, de fato, realizar o distanciamento e isolamento sociais necessários; medidas específicas de proteção às populações mais vulneráveis, especialmente crianças e adolescentes em situação de rua e em acolhimentos institucionais, como adolescentes em privação de liberdade.
O grupo de teatro político TruP’irambu reflete sobre tomada de decisões
Para iniciar as atividades do ano nos territórios, o grupo de teatro político TruP’irambu, acompanhado pelo CEDECA Ceará, questiona as decisões: a que ou a quem nesse mundo se diz sim e a quem se diz não.
A partir do começo de março, o grupo vem trabalhando a peça “Aquele que diz sim e aquele que diz não”, inspirada no teatro político do dramaturgo alemão Bertolt Brecht. A proposta surgiu da reflexão, durante o planejamento participativo do TruP’irambu, sobre a tomada de decisões individuais e coletivas dentro do grupo.
A peça faz um questionamento sobre o que está imposto, as regras sociais que não podem ser mudadas. Diante dos costumes sociais, daquilo que a sociedade indica ser os modos de convivência, as decisões da pessoa que diz sim e da pessoa que diz não reflete a postura que o indivíduo assume. O texto aponta que ambas as decisões geram uma repercussão política, que repercute também na sociedade.
Segundo Fernando Leão, assessor comunitário do CEDECA Ceará, esse tipo de peça é chamada de “peça didática”, ou seja, elas não são necessariamente peças para serem apresentadas para o público, mas trazem a provocação para o próprio grupo. “No processo de montagem dessa peça, a gente questionou isso com os jovens: a que e a quem nesse mundo de hoje a gente diz sim e a que e a quem a gente diz não? Foi muito significativo esse momento”, complementa Fernando, que acompanha o grupo.
Os participantes foram convidados a refletir sobre as etapas do grupo. Das decisões mínimas (permanecer ou sair; fazer um ou dois ensaios por semana; quando montar um espetáculo) até às questões estruturais da sociedade, como o machismo ou a violência policial, todos os aspectos foram considerados nessa montagem.
“As meninas se posicionaram muito claramente sobre o machismo. Uma delas disse assim: ‘Eu digo não ao fato de a sociedade não permitir que eu saia de saia curta ou então que eu sente dessa forma ou de outra forma’, outro disse assim: ‘Eu digo não ao fato de que a polícia sempre chega de uma forma muito violenta quando a gente está na praia e eles mandam a gente ir embora’”, relembra o assessor comunitário.
Eduardo Costa, ator do grupo, interpreta o personagem principal: uma pessoa doente que tem de decidir qual rumo seguir na história. A dinâmica que se buscou trabalhar a peça, com os jovens do TruP’irambu, foi pensada no revezamento dos atores para interpretar os personagens, sobretudo, o personagem principal.
“A questão de ter um não é também muito importante, para a gente que se identifica como grupo. É uma chave para a questão de crescimento enquanto coletivo e como sociedade. Pra mim, a importância de se opor, de ser um sujeito de oposição, é porque a gente precisa de mudança realmente (ser mudança). Isso tanto para ações enquanto coletivo e enquanto indivíduo que participa do grupo”, reflete Eduardo.
A primeira versão da peça foi apresentada durante visita da KNH, apoiadora do projeto, a Fortaleza e para o grupo das mães do Socioeducativo e do Curió.
Entenda o contexto da peça
Esse texto tem referência em um texto do teatro Noh, tipo de teatro japonês do século 12 e 13, recriado em 1929 por Bretch, que o transformou em dois. Os textos contam a história das decisões questionadas em uma viagem, cujo costume era que se alguém passasse mal ou ficasse doente durante o percurso, o grupo não deveria voltar e essa pessoa ou era abandonada ou era jogada do vale, esse que seria jogado tinha de afirmar e confirmar que era isso mesmo que queria e que o grupo continuasse a jornada, ou seja, era aquele que dizia sim e não questionava os costumes construídos socialmente. Por outro lado, aquele que diz não reflete e questiona, ‘faz sentido permanecer nesse costume?’.
Mesmo tendo sido pensada em 1929, o debate gerado pelas perguntas e suas reflexões continuam sendo ainda muito atuais. No contexto em que foi escrita, na década anterior a chegada e ascensão de Hitler na Alemanha, Bretch observava e já “antecipava” o que estava por vir. “Havia na sociedade da época uma pré-disposição para o Hitler que ia chegar daqui a pouco”, explica Fernando Leão.
*Lucianna Silveira (texto)
*Thiago Mendes (edição e supervisão de estágio)
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PARCEIROS E ARTICULAÇÕES
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