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Juventude organizada do Pirambu mostra força em ação de limpeza de praia

Cerca de 50 crianças, adolescentes e jovens do Pirambu participaram neste sábado (18/09) da ação “É o Limpa”. A atividade foi organizada pelos coletivos Alium Resistência e Trup’irambu, com apoio do CEDECA Ceará, e marcou o Dia Mundial de Limpeza de Praias e Rios, lembrado a cada ano no terceiro sábado de setembro.

Os adolescentes e jovens se concentraram no calçadão da praia do Pocinho, no Pirambu, às 8h, e de lá desceram até a praia, onde contaram com ajuda de crianças na ação. Foram recolhidos mais de 20 sacos de lixo, que foi separado entre reciclável e não reciclável.

Educadores da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), da Prefeitura de Fortaleza, apoiaram a ação com materiais de proteção para a atividade e com troca de mudas. Ao longo de toda a manhã do sábado, moradores e moradoras da região se aproximaram do ponto de apoio para trocar material reciclável por plantas.

Confira imagens da ação “É o Limpa” no Intagram 

Fotos de @lilics_santos , @david.l.dvd e @cedecaceara (Todos os direitos reservados)

A ação foi pauta dos telejornais CETV 1 e CETV 2 do sábado (18/09). Confira.

A atividade foi encerrada com apresentação de Coco de Praia do coletivo Casa das Negas. O coletivo se denomina como “lugar de aquilombamento contra violências raciais e de gênero”.

“A gente vai fazer esse ‘gera’ para cuidar das praias aqui das áreas porque é um tipo de ação ambiental que a gente precisa fortalecer pra que a gente tenha o hábito de cuidar do que é nosso”, convocou Dudu Costa, participante do coletivo Trup’irambu, na concentração do evento.

“A gente era só um grupo de teatro e agora a gente vem fazendo essas ações, para incentivar a população a cuidar do que é nosso por direito, incentivar a manter o nosso ambiente limpo para a segurança de todos”, explica Suzy Martins, participante do coletivo Alium, na reportagem para o jornal O Povo sobre a ação.

O coletivo Alium (do latim “outro”) é um coletivo LGBTQIA+ de Teatro Político organizado por jovens do Pirambu. O Trup’irambu é um coletivo atuante no mesmo bairro, desde 2017, formado por jovens artistas.

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III Caravana Cultural mobiliza jovens na luta por direitos

por Suzana Moreira*

A Caravana Cultural das Juventudes carimba a atuação juvenil nas periferias de Fortaleza. Em sua 3ª edição, a Caravana tornou possível a troca de vivências e experiências entre jovens e adolescentes de diferentes territórios da cidade.

Organizada pelo CEDECA Ceará, a iniciativa de intercâmbio cultural e político aconteceu nos dias 30 de novembro e 01º de dezembro, e contou com oficinas e mostra de teatro, divididas em três territórios de atuação do CEDECA Ceará: Bom Jardim, Pirambu e Ancuri.

Para Efferson Mendes, arte educador do CEDECA Ceará, um dos principais objetivos da Caravana foi justamente quebrar barreiras e integrar jovens e  adolescentes de diferentes territórios da cidade com as comunidades. 

O processo da Caravana se apresenta, assim, como momento de culminância das ações do CEDECA em três territórios de Fortaleza. “A ideia foi ter esse momento de troca, que os territórios soubessem o que é produzido em cada lugar, que os meninos também pudessem identificar que as bandeiras de lutas são muito parecidas e que eles podem dialogar, criar estratégias em prol disso, lutando pelas mudanças que eles acreditam ser necessárias. Foram, sem dúvida, momentos potentes”, explica o arte-educador.

Confira momentos da Caravana na seleção de imagens

Uma da principais atrações desta edição da Caravana foi a I Mostra de Cenas de Teatro do Oprimido do CEDECA Ceará, resultado das três oficinas de Introdução ao Teatro do Oprimido, realizadas pela instituição, que reuniu cerca de 60 adolescentes e jovens entre outubro e novembro. A mostra foi o encerramento das atividades desta 3ª edição e aconteceu no Teatro Marcus Miranda, do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ).

Para a jovem Quesia Ramos, participante da caravana e das formações do CEDECA no bairro Pirambu, trabalhar o teatro do oprimido fortalece a coletividade das pessoas e o reconhecimento de seus direitos.

“Você vai perceber como se sair de algumas situações. Quando a gente faz esquetes, por mais simples que sejam, as pessoas vão se reconhecer nelas, e a gente apresentando uma saída para aquilo, elas vão saber que não precisam estar naquela situação de violação, que eles podem reagir. A gente apresenta cenas e as pessoas se reconhecem nelas e isso é o que mais nos deixa realizados”, detalha a jovem.

O que é Teatro do Oprimido?

O Teatro do Oprimido (TO) é um método de teatro sistematizado pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal, cujo principal objetivo é tornar a linguagem teatral acessível para a leitura e a transformação do mundo. Contendo um arsenal de técnicas, exercícios e jogos, o TO se volta para aquelas e aqueles que desejam discutir temas ligados à política, à sociedade, à estética e à ética.

Veja como foi em Caravana neste vídeo:


*Estagiária do CEDECA Ceará sob supervisão de Thiago Mendes

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