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Jovens de coletivos de Fortaleza garantem vaga na Universidade

Adolescentes e jovens de coletivos acompanhados pelo CEDECA Ceará e pela Associação Santo Dias estão ocupando as universidades. Celebramos as conquistas das juventudes da cidade e defendemos o direito à educação e a participação como fundamentais na construção de um mundo mais justo.

O que eles/elas têm a dizer sobre isso? Confira abaixo:

É importante ocupar a universidade pois somente as pessoas de periferia conseguem enxergar esses lugares e reivindicar direitos ou facilitar o acesso à saúde, educação e cultura para esses territórios que são invisíveis aos políticos. Se não fosse as próprias pessoas de periferia, nada seria feito, como diz o rapper Emicida: “Tudo o que ‘nóis’ tem é ‘nóis'”. Sem contar que é uma grande oportunidade de “mudar de vida”, ajudar a família, expandir os horizontes, e mostrar a potência da favela.

Lorena Lobo// Teatro – UFC//Coletivo Alium Resistência

A juventude da periferia está chegando nas universidades com persistência e luta! Mostrando que lá também é um lugar que nos pertence, pois mesmo com muitos desafios continuamos buscando estar no lugar que é nosso por direito!
Maria de Fátima//Serviço Social – UECE//Coletivo Raízes de Bom Jardim

Sabemos que nada é fácil pros jovens das periferias e mesmo com tudo sendo tão difícil, conseguir chegar a uma universidade pública é de extrema importância, ali tá todo o
suor e conquistas dessas juventudes.E cada vez mais o sistema vai sendo “quebrado” por essas juventudes que começam a entender que aquele espaço é seu, que a universidade é nossa!
João Marlon//Serviço Social – UECE//Coletivo Meraki do Gueto

Mais integrantes que foram aprovados/aprovadas

Para conhecer mais sobre a atuação dos coletivos de jovens que essa galera integra, acompanhe os perfis

@raizes_dobj @meraki.do.gueto @aliumresistencia

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Berçários públicos na educação infantil em Fortaleza: uma vitória de muita luta e pressão popular

Direitos são conquistas, frutos de muita luta e pressão popular. A notícia da inauguração do Centro de Educação Infantil Dalila Delmas Montenegro, no bairro São Bento, com as primeiras vagas públicas de berçário em Fortaleza, nos encheu de alegria nesta semana.

Os berçários são uma conquista histórica, e é preciso que a existência desse serviço seja amplamente divulgada pela Prefeitura, para garantir o acesso a esse direito básico a todas as comunidades que precisam dele.

Em fevereiro de 2019, CEDECA Ceará e Ministério Público Estadual ingressaram com Ação Civil Pública contra a Prefeitura de Fortaleza por causa do crescimento de 192% da demanda reprimida da educação infantil na cidade entre 2014 e 2018. Naquele ano, 7.725 crianças de 0 a 3 anos buscaram vagas na rede pública e não encontraram. A demanda por vagas na educação infantil é antiga em Fortaleza e chegou ao CEDECA Ceará por meio dos atendimentos e pelo contato com grupos que reivindicam o direito à educação em territórios como Lagamar e Parque Santa Maria.

Em maio de 2021, decisão da juíza Mabel Viana Maciel confirmou a obrigação da Prefeitura de Fortaleza de ofertar educação infantil para crianças de 0 a 3 anos, “inclusive com instalação de berçários, sendo imprescindível à idade e condição das crianças matriculadas”. 

A decisão de maio é resultado de embargo de declaração ingressado pelo CEDECA Ceará que solicitava, entre outros pontos, maior clareza sobre trecho da decisão anterior (de janeiro de 2020) relacionada à faixa etária da educação infantil (0 a 3 anos) e sobre a oferta de berçários para esse público, o que inclui crianças com menos de 1 ano.

Especialmente com os impactos na renda das famílias mais pobres com a crise econômica, sabemos como as vagas em berçários públicos são importantes. O CEDECA Ceará tem a esperança de que a oferta nessa modalidade de educação infantil cresça a cada ano, a fim de que seja garantida a toda criança o direito fundamental à educação.

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