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Trocas de saberes, vivências e arte marcam V Escola de Formação para as Juventudes

Deixa a juventude viver! Foi reivindicando e acreditando nessa afirmação que a V Escola de Formação Política para as Juventudes foi construída e realizada em conjunto com cinco coletivos de adolescentes e jovens de três territórios das periferias de Fortaleza.

O lema da edição deste ano foi: “Da Ciranda de Todes Nós ao Balanço das Redes de Proteção: Pelas Vidas das Juventudes Negras nas Periferias de Fortaleza!

Repleta de momentos de trocas de saberes, vivências e arte, a Escola aconteceu nos dias 1º, 2 e 3 de julho e abriu espaço para a história de cada coletivo, para suas trajetórias e para a construção do que virá daqui para frente. 

Já na saída dos/das jovens de cada território e na chegada foi possível perceber como seria a V Escola. Confira neste vídeo especial de cobertura do evento:

O que é Escola de Formação?

A Escola de Formação é uma metodologia desenvolvida junto aos territórios periféricos de Fortaleza com os quais o CEDECA Ceará atua desde 2016. O momento representa uma culminância das ações desenvolvidas a cada ano junto a adolescentes e jovens de cinco coletivos (Alium Resistência, Meraki do Gueto, Raízes do Bom Jardim, Trup’irambu e Tambores do Gueto) de três territórios: Bom Jardim, Pirambu e Ancuri/Jangurussu.

As duas primeiras edições aconteceram em 2018 e 2019. Em razão da pandemia, as duas edições seguintes ocorreram de modo virtual. “Com o arrefecimento da pandemia, a gente pôde ter a oportunidade de fazer novamente a escola, juntando três territórios, juntando cinco coletivos e entender como um momento de comemoração, de fortalecimento e de integração”, celebra gigi castro, da coordenação colegiada do CEDECA Ceará.

Leia Mais sobre a proposta metodológica da Escola nesta cartilha, produzida especialmente para a V edição 

Confira mais fotos da V Escola nesta postagem do Instagram

A Feira do Soma Sempre

A Escola contou com uma programação cheia de afeto e propícia a trocas e aprendizados. A “Feira do Soma Sempre” foi um exemplo disso. Como forma de visualizar, avaliar e compartilhar o “apurado” dos cinco anos da atuação junto aos territórios, os/as adolescentes e jovens foram convidados a expor suas realizações por meio de uma feira, a “Feira do Soma Sempre”.

Esse momento na V Escola foi inspirado na metodologia criada pelo educador popular Ray Lima, explica gigi castro. “A gente pensou assim: como é que a gente faz uma avaliação dinâmica que dê conta justamente das performances poéticas que a gente vivenciou ao longo desses cinco anos? Uma feira, nada melhor do que uma feira”, detalha gigi.

A proposta era que como em uma feira cada grupo anunciasse o que tinha de melhor e contasse sua história, suas conquistas e momentos marcantes para os demais. O CEDECA Ceará também se fez presente na feira e contou sua trajetória atuando com a formação política de grupos de jovens.

Assim como em toda feira, a do soma sempre também teve seu “apurado”. Jovens dos diferentes coletivos presentes pontuaram o que mais chamou a atenção durante a feira. Nas falas, destacou-se a admiração pelos demais coletivos, o reconhecimento das potências uns dos outros e a importância de se chegar junto para somar com o crescimento de cada um e cada uma. De construção coletiva, essa galera entende!

A jovem Tamara Cristina, do coletivo Meraki do Gueto, comenta o “apurado” da Feira, os aprendizados entre os coletivos e os apontamentos para o futuro.

A V Escola aponta, dessa forma, para a transição entre dois ciclos: “Da Ciranda de Todes Nós”, projeto vencedor do 13o Prêmio Itaú e que fomentou a criação e articulação dos coletivos presentes para o “Balanço das Redes de Proteção: Pelas Vidas das Juventudes Negras nas Periferias de Fortaleza!”, que objetiva a formação de uma rede de coletivos de juventudes na cidade.

“O que a gente está desenhando para o próximo período é a construção de uma rede dessas juventudes periféricas, no sentido de mostrar o bom e o boom dessas periferias. Essas periferias, elas não são um lugar que produz, como geralmente aparece na mídia, o crime, a marginalização. Não! Elas são um lugar de vida, de potência, e esse projeto é a construção dessa rede, de mostrar a potência desses territórios e de fortalecer esses coletivos”, explica gigi castro.

Cada coletivo que participou da V Escola de Formação trouxe sua energia, sua história e sua resistência, inclusive nos nomes. Meraki do Gueto (o nome em grego remete àqueles que se doam e fazem algo com a alma sem desconsiderar suas origens). O nome Raízes do Bom Jardim faz referência àqueles que se orgulham de seus territórios e resistem por ele. Alium Resistência (do latim, o outro, a outra, vem nos falar sobre empatia).

Em rostos, experiências, sonhos e nomes, os coletivos são “anúncios” de resistências e de um ciclo que se renova!

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Coletivos de adolescentes e jovens realizam ação de alistamento eleitoral e cine debate neste sábado (23/04)

Adolescentes e jovens de coletivos apoiados pelo CEDECA Ceará prepararam ações autônomas especiais para este sábado (23/04). O coletivo Alium Resistência, formado por adolescentes e jovens do Pirambu, e o movimento RUA Juventude Anticapitalista realizam neste sábado (23/04) ação de auxílio de alistamento de título eleitoral. A ação acontece das 10h às 15h, no Centro Cultural Chico da Silva, no Pirambu (Rua Nossa Senhora das Graças, 174, Pirambu). À tarde, no Ancuri, o coletivo Meraki do Gueto promove seu primeiro Cine Debate.

As/os jovens dos dois coletivos vão auxiliar adolescentes e jovens que desejam se cadastrar junto à Justiça Eleitoral para votar nas eleições deste ano. O prazo para esse procedimento se encerra dia 4 de maio e é feito de modo on-line, no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Podem se inscrever jovens a partir de 15 anos e que completarão 16 anos na data das eleições. É preciso levar carteira de identidade, comprovante de residência e carteira de reservista militar (para homens com mais de 18 anos).

A atividade deste sábado é voltada para adolescentes que ainda não se cadastraram para retirar a primeira via do título de eleitor,  mas qualquer pessoa que precise de auxílio pela internet para regularizar sua situação junto à Justiça Eleitoral pode ir até o Chico da Silva neste sábado. 

Segundo o TSE, a procura pelo título eleitoral cresceu 45% no último mês entre jovens de 15 e 17 anos. Muitos eleitores/eleitoras que estão aptos a votar nas eleições deste ano ainda não buscaram o cadastro no site do TSE.

Cine Debate no Jangurussu

Também neste sábado (23/04), o coletivo Meraki do Gueto, com atuação no Grande Jangurussu, promove seu 1º Cine Debate aberto ao público, com a exibição dos filmes “Que horas ela volta?” (Classificação Indicativa – 12 anos)  e “Corra” (Classificação Indicativa – a partir de 14 anos). A primeira sessão começa às 13h na sede da Associação Santo Dias (Rua Coronel José Gomes de Moura, 596, Ancuri). 

Sabrina Mata, membro do Meraki do Gueto, explica que a ação deste sábado faz parte do calendário de ações do coletivo previstas para este ano. “A gente quer que a comunidade nos conheça e que mais jovens saibam que podem chegar junto nos encontros”, detalha Sabrina. Ela conta ainda que, além de outras edições do cine debate, estão previstas ações de limpeza e revitalização de espaços coletivos da comunidade, também como forma de dar visibilidade ao grupo, formado por adolescentes e jovens do Grande Jangurussu.

Respeitando a classificação indicativa, qualquer pessoa pode participar do cine debate, que terá a exibição dos filmes, que trazem temas de direitos humanos, seguida de debate mediado pelo Meraki do Gueto. Serão servidos refrigerante e pipoca à plateia.

 

Sinopse dos filmes

🍿 CORRA 🍿

Duração: 1h44min

Chris é um jovem negro que está prestes a conhecer a família de sua namorada, a caucasiana Rose. A princípio, ele acredita que o comportamento excessivamente amoroso por parte da família dela é uma tentativa de lidar com o relacionamento de Rose com um rapaz de sua etnia, mas, com o tempo, ele percebe que a família esconde algo muito mais perturbador.

 

🍿 QUE HORAS ELA VOLTA? 🍿

Duração: 1h52min

A pernambucana Val se mudou para São Paulo com o intuito de proporcionar melhores condições de vida para a filha, Jéssica. Anos depois, a garota lhe telefona, dizendo que quer ir para a cidade prestar vestibular. Os chefes de Val recebem a menina de braços abertos, porém o seu comportamento complica as relações na casa.

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CEDECA Ceará se soma às campanhas de doações no enfrentamento ao novo coronavírus

O CEDECA Ceará atua atualmente em três territórios de Fortaleza: Bom Jardim, Jangurussu/Ancuri e Pirambu. Nesses bairros, são realizadas ações de arte-educação e formação política junto a coletivos e grupos de adolescentes e jovens.

Juventude e movimentos sociais das comunidades da periferia de Fortaleza têm mobilizado iniciativas e campanhas para doação de cestas básicas e itens para higienização como forma de prevenção e auxílio às famílias mais vulneráveis que enfrentam o novo coronavírus. O CEDECA Ceará se soma a essas iniciativas e coloca à disposição da população a conta do Pay Pal para facilitar o recolhimento de doações.

Faça a sua doação aqui 
[As doações podem ser feitas por meio de conta do PayPal ou no cartão de crédito]

Quem vai receber as doações
As doações serão destinadas a iniciativas, frentes e coletivos reconhecidos pelo CEDECA Ceará pela auto-organização e seriedade em fazer chegar o auxílio a moradores e moradoras das três comunidades que mais precisam neste momento. Haverá prestação de contas do destino das doações no nosso site.

O que o CEDECA Ceará defende para enfrentar o novo coronavírus
Além das iniciativas de doação, o CEDECA Ceará defende a revogação da Emenda do Teto de Gastos; o pagamento imediato da renda básica a quem mais precisa; a garantia dos empregos de trabalhadores e trabalhadoras; o apoio do Estado para que as famílias possam, de fato, realizar o distanciamento e isolamento sociais necessários; medidas específicas de proteção às populações mais vulneráveis, especialmente crianças e adolescentes em situação de rua e em acolhimentos institucionais, como adolescentes em privação de liberdade.

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