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A educação é um direito, deve ser inclusiva e para todos e todas

As recentes falas do ministro da Educação, Milton Ribeiro, em entrevista à TV Brasil, expõem uma visão excludente. Educação é um direito fundamental e área estratégica para redução das desigualdades e melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Preconceito

Ao dizer que estudantes com deficiência atrapalham os demais, Milton Ribeiro é preconceituoso, ferindo a Lei Brasileira da Inclusão (LBI), que em seu Artigo 4º diz que ” Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação”.

Inclusão

Em 2020, Ribeiro e Bolsonaro tentaram, via Decreto 10.502, tirar das escolas a obrigatoriedade de matricular crianças com deficiência. A ideia é segregar estudantes em escolas especializadas, violando dois artigos da Constituição Federal: o artigo 206, que garante igualdade no acesso e permanência, e o 208, que prevê atendimento especializado na escola regular, essa que nós temos em nossos bairros. O Supremo Tribunal Federal suspendeu o Decreto.

Estatuto da Criança e do Adolescente

O ECA também garante, em seu Artigo 53, que a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes, dentre outras coisas, a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. Meninas e meninos também têm o direito de ser respeitados por seus educadores.

O CEDECA Ceará

O CEDECA Ceará atua para ampliar a percepção da educação como direito humano exigível e a sensibilização do Poder Judiciário em relação às demandas coletivas de restituição de direitos. Compartilhe nosso conteúdo, dê sua opinião, fortaleça a luta pela Educação para todos e todas.

 

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A periferia no centro do olhar

No Dia Mundial da Fotografia,  o CEDECA Ceará traz perfis que clicam nossa Fortaleza periférica.

Bia: “Poder fotografar a minha comunidade e as pessoas que habitam nela é muito importante e prazeroso”.

Para @bia.souzzz  a fotografia é resistência. “A fotografia é muito importante para mim e para a minha periferia, para a minha comunidade. Sou fotógrafa de momentos e cada momento dentro da minha comunidade é muito valioso e muito importante. Então poder fotografar a minha comunidade e as pessoas que habitam nela é muito importante e prazeroso”. Bia quer mostrar com sua fotografia, talentos e potências periféricas. “As crianças e as famílias de periferias. Mostrar que todos tem capacidade e talento para conquistar os seus sonhos”.

Biel: “Quando fotografo na comunidade, seja lá qual for ela, exploro a condição humana.”

A humanidade da favela é o foco de @_biielsousaa / @click_vulgobiel . “Quando fotografo na comunidade, seja lá qual for ela, exploro a condição humana, a forma que ela é complicada, transformação de olhares e dialetos. Ao explorar isso nos capacita a enxergar a humanidade de uma ‘favela’. Representar isso em uma forma de foto é unir tudo e jogar na cara da humanidade, falar: Além de tudo, somos humanos'”.

Tainá: “Não é só sobre o corpo que se lança, é sobre o caminho que se percorre durante um ato de coragem, desde o pré salto ao pós salto.”

Na praia, @tainavcavalcante  clica a coragem. Meninos e meninas que saltam da ponte com seus corpos livres.” Não é só sobre o corpo que se lança, é sobre o caminho que se percorre durante um ato de coragem, desde o pré salto ao pós salto. Não é queda, é imersão, porque o mar é uma extensão do céu. E vice-e-versa. Fortaleza tem me ensinado isso desde que nasci. Há vida na Terra da Luz. E que rico é poder enxergar a cidade com olhos de coragem. Que bom é sentir o peito forte pra viver tudo que sonho e acredito.”

Yuri: “A periferia foi mostrada por olhares de fora, quase sempre explorando sua vulnerabilidade ou enfatizando a violência, é preciso lutar para quebrar esses paradigmas.”

No começo do ano @yurijuatama  lançou o livro “Serrinha Luz e Cores”. Tudo começou 2018, durante o apagão nas regiões Norte e Nordeste. Yuri saiu às ruas e fez as primeiras fotografias da sua “quebrada”. Com a repercussão nas redes sociais, deu início ao projeto que terminou em livro. “Durante muito tempo a periferia foi mostrada por olhares de fora, quase sempre explorando sua vulnerabilidade ou enfatizando a violência, enquanto comunicadores sociais é preciso lutar para quebrar esses paradigmas, assim também como é necessário deixarmos de ser ‘objetos observados’ para tornarmos contadores de nossas próprias histórias.”

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Socioeducativo: CEDECA ganha em segunda instância Ação contra Estado do Ceará

 

Decisão sobre Ação de 2009 representa uma grande vitória pelos direitos de adolescentes em privação de liberdade

O CEDECA saiu vitorioso em Ação Civil Pública (ACP) protocolada em 2009, cobrando do governo estadual que sejam cumpridas as legislações do Sistema Socioeducativo. Na decisão, a Justiça determina que o Governo do Estado do Ceará reforme, no prazo de um ano, sete unidades socioeducativas, evite a superlotação abstendo-se de internar adolescentes em unidades que estejam com ocupação 30% acima do limite, e garanta profissionais de saúde e medicamentos para os internos.

A Justiça determina ainda que não seja aplicada nenhuma medida de contenção (a exemplo das “trancas”) que viole a dignidade humana e que o Estado apresente em até 120 dias as medidas tomadas para prevenir conflitos entre profissionais e adolescentes nos Centros Educacionais.

A decisão vem 12 anos depois, mas ainda encontra o sistema socioeducativo cearense violador de direitos. “Apesar de tardia é necessária e atual. Várias das determinações judiciais solicitadas em 2009 ainda permanecem atuais. Por exemplo: ainda existem espaços destinados a isolamentos disciplinares, conhecidos como ‘trancas”, que são desumanos”, destaca Renan Santos, assessor jurídico do CEDECA Ceará. Ele aponta ainda que os adolescentes enfrentam obstáculos para o acesso a tratamento médico, há déficit de profissionais e muitas unidades estão fora do padrão do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).

Estado descumpre legislação

A Ação foi protocolada pelo CEDECA Ceará com base em diversas irregularidades constatadas após série de inspeções realizadas pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), ocorridas entre agosto de 2007 e janeiro de 2008. À época, unidades com capacidade para 60 adolescentes chegavam a abrigar 220 internos. A resolução nº 46 do CONANDA estabelece o número de 40 adolescentes por Unidade de Internação.

Com superlotação na maioria dos centros socioeducativos, adolescente dormiam em colchões no chão por falta de camas. Havia ainda um número insuficiente de profissionais e ausência de privacidade para uso do banho e instalações sanitárias.

Histórico de violações

Em setembro de 2008, o Fórum Permanente das ONGs de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente – Ceará (EDCA) finalizou o “Monitoramento das unidades de privação de liberdade de adolescentes no estado do Ceará”, no qual apresenta relatório descritivo das visitas realizadas nas unidades de internação, internação provisória e semiliberdade.

Uma das constatações foi que adolescentes com problemas de comportamento eram recolhidos para a “cela forte” ou “tranca”. Trata-se de um local sem ventilação ou iluminação, colchão, de acesso restrito. Lá, o jovem ficava sem comunicação e proibido de participar das atividades de educação e lazer.

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Nosso atendimento presencial está de volta

O atendimento presencial na sede do CEDECA Ceará está de volta. Com a melhora nos índices de transmissão do novo coronavírus em Fortaleza, nosso atendimento foi retomado.⠀

🏡 Teve conhecimento ou é vítima de alguma violência ou violação de direitos relacionadas a crianças e adolescentes? Fala com a gente pelo número (85) 3252.4202, agende seu atendimento pelo WhatsApp (85) 99768 0032 ou procure a gente na nossa sede. Nossa equipe atende presencialmente de segunda a sexta, das 13h às 18h.⠀

😷 O atendimento ao público é feito com uso obrigatório de máscara, distanciamento social e ventilação dos ambientes. A pandemia ainda não acabou. Vacine-se, continue com as medidas de proteção, proteja crianças e adolescentes e apoie ações de solidariedade contra a fome, desigualdade e falta de renda.⠀

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É adolescente ou jovem de Fortaleza? Topa participar de uma oficina?

A série de oficinas Corpo&Artesanias vem trazendo interação, troca e temas importantes para os territórios de Fortaleza onde atuamos por meio da ação “TOpo? TOpa?”⠀

Você é adolescente ou jovem de 13 a 24 anos e mora em Fortaleza e região? Não tá sabendo ainda? Calma, que ainda dá tempo de se inscrever. Vamos conhecer um pouco mais desses encontros?

Pra quem já é participante do TOpo? TOpa?, o material vai incluso na merenda lúdica. Para demais participantes é preciso dispor dos materiais.

Inscreva-se aqui

 

👋🏾 👋🏾 A história no balanço das nossas mãos. A partir da brincadeira com criação de personagens, e criação de elementos cênicos e com o jogo do teatro de sombras, a oficina propõe um mergulho na nossa própria história, com o objetivo de construir outras histórias possíveis para os nosso e nossas, fomentando assim, no processo de debate e criação do imaginário coletivo, lembranças, afetos, memórias, na disputa das narrativas que transcendem as políticas de extermínio, e que atravessam as possibilidades do direito de sonhar e viver de forma digna aos corpos e corpas dissidentes. ⠀
✂Materiais: Papel vegetal (folha tamanho A4), Papel kraft preto (folha tamanho A4), Cola branca pequena, Tesourinha, Fita durex, Tinta guache, Pincéis, Palito de churrasco, Cx.papelão.⠀


🐂 💃🏾Construindo um boizinho pra dança da vida. A oficina deverá trabalhar a memória afroindígena da brincadeira do bumba meu boi, e sua ligação com a espiritualidade e visão de mundo dessa população, promovendo também um debate sobre questões de gênero e sexualidade nas brincadeiras tradicionais, traçando uma narrativa sobre a criação do bumba meu boi canarinho. A partir desse diálogo, os/as participantes serão conduzidos/as à construção de boizinhos de materiais recicláveis, como um modo de expressão de suas lutas, memórias e conquistas. ⠀

Materiais: Cola de isopor , Garrafa pet, Retalhos, Enfeites pro boizinho (brilho, contas apliques).⠀

 

✊🏾 🤛🏾 Corpa, Afronte & Cuidado: Construindo caminhos para nossa luta. Apresentando as trajetórias e a formação política construídas pelas brabas: Lany Maria e Lilica Santos, duas jovens Negras, Faveladas e LGBTQIA+. ⠀

A oficina propõe um compartilhamento de vivências, buscando analisar e gerar reflexões a partir de experiências, memórias e lutas realizadas nas Ocupações Estudantis em 2016, no estado do Ceará. Tendo como produto final a produção de uma Zine Coletiva, como possibilidade de (des)envolvimento artístico des participantes, e para registro e memória da atividade. ⠀

Materiais: Folhas A4, Lápis, Canetas, Lápis cor, Canetinhas coloridas, Borracha, Apontador. ⠀

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Fortaleza ainda tem escolas sem infraestrutura, ventilação adequada e até mesmo sem água, aponta relatório

O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do Ceará (CEDDH) realizou, em maio deste ano, vistoria em 42 escolas da rede municipal de Fortaleza com o objetivo de avaliar as condições de infraestrutura, acessibilidade, acesso à água, ventilação, dentre outras, exigidas pelo protocolo sanitário do governo estadual. Dados apontam para falta de infraestrutura, de ventilação, de acessibilidade e até dificuldade de acesso à água.

Com base nos dados levantados por meio da vistoria, o CEDDH lista 35 ações e medidas necessárias para a garantia de todas as condições e protocolos sanitários necessários à preservação do direito à vida e à saúde de todas as pessoas que compõem as comunidades escolares. Elas estão divididas em 11 dimensões que vão de organização do espaço físico a orçamento público.

📌Principais indicadores após as visitas:

1. Ventilação: 31% das 467 salas de aulas vistoriadas não apresentam condições de circulação de ar

2. Acesso à água: 10% das escolas informaram ter problemas de acesso à água, sendo que em uma delas o problema ocorre desde o final de 2020.

3. Situação dos banheiros: Dos 263 banheiros existentes nas escolas visitadas, 21% encontravam-se inadequados

4. Falta fluxo definido entre escola, unidade de saúde e Prefeitura

5. Acessibilidade: 42,9% das escolas visitadas não apresentarem banheiros acessíveis

6. Com a vistoria, verificou-se que das 200 escolas listadas em TAC de 2018 que previa reformas, 67% delas sequer tiveram suas obras iniciadas.

🔎Acesse o Relatório aqui

 

 

 

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